Sim, a oração estava a
acabar, mas como era usual ficava para além da mesma. Sentia-me confortável,
sentado com as “pernas à chinês” no tapete creme do local que mais preservarei
e respeitarei no mundo. Estava feliz, sentia-me numa paz interior tal, que toda
a comunidade para mim se tivera tornado numa comunidade de irmãos no meu
coração. Sentia-me preenchido e vislumbrava cada pormenor à minha volta.
O altar, era uma plataforma para outra dimensão. Nele,
ardia o enorme sírio, que abraça os demais que ainda se encontravam por ali. Os
tijolos de formas redondas e quadradas envolviam uma atmosfera cheia de charme,
onde estavam muitas velas acesas. Ora no seu interior, como eu me sentia, ora
no exterior, conforme algumas pessoas que estariam no Oyak, a oferecer
entretenimento à vida dos outros. E quem é que não se identifica com aquela
esbelta cruz de Taizé? A cruz do Cristo ressuscitado, era um sinal de respeito
para com a vida que tomávamos e vamos continuar a tomar. Amar para ser amado.
Foi então que desfolhei ao de leve o meu livro de
cânticos de Taizé e deslizei para o canto 23, “Laudate omnes gentes”, como
estava indicado no painel luminoso.
Era raro ficar sozinho numa oração, ou até mesmo depois do final, mas naquele dia fiquei sozinho, mas não de coração. Mesmo antes do irmão dedilhar a guitarra no seu sintetizador, tentei saber se já tinha cantado aquele cântico, e a resposta era sim. Mas o pior de tudo, é que estava rouco, e eu bem que detestava estar porque não podia cantar bem. E ainda por cima cantava sempre a voz do baixo, e rouco, enfim. Mas lá comecei. Parecia que sabia cantar bem no meio deles. Parecia que nem rouco estava. A sensação de estar assim passou e cantei com mais força e vigor ainda.
Era raro ficar sozinho numa oração, ou até mesmo depois do final, mas naquele dia fiquei sozinho, mas não de coração. Mesmo antes do irmão dedilhar a guitarra no seu sintetizador, tentei saber se já tinha cantado aquele cântico, e a resposta era sim. Mas o pior de tudo, é que estava rouco, e eu bem que detestava estar porque não podia cantar bem. E ainda por cima cantava sempre a voz do baixo, e rouco, enfim. Mas lá comecei. Parecia que sabia cantar bem no meio deles. Parecia que nem rouco estava. A sensação de estar assim passou e cantei com mais força e vigor ainda.
À medida que ia cantando, olhava para a pauta, mas também
desviava o olhar, sempre presente ao meio que me rodeava.
Nesse momento, estava quase tudo vazio, mas eu não me
importava, sabia que não estava e que nunca estarei.
Foi então que
aconteceu o que me levou a escrever este pequeno testemunho.
Do meu ombro esquerdo surgiu um aperto de uma mão num
toque sensível. Primeiramente pensava que era um amigo, para dizer que ia sair,
para depois ir ter com ele, ou alguém que se viesse juntar a mim. Mas não foi
nada disso.
Momentaneamente do toque, presenciou-se uma mulher, que me era completamente desconhecida. Fiquei sem saber o que dizer, mas senti que tivera sido um sinal.
Momentaneamente do toque, presenciou-se uma mulher, que me era completamente desconhecida. Fiquei sem saber o que dizer, mas senti que tivera sido um sinal.
Mas, mesmo antes da senhora sair, sorriu para mim com tal
força, onde lhe retribuí. Não me disse nada em palavras, mas sim em
sentimentos.
Depois disso, pensei, refleti, e concluí:
“Cantai todos os povos, louvai o nosso Senhor!”
Ali senti mais uma vez, mas com mais intensidade.
Deus é para sempre!
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