Estavam apenas 3.5ºC e eram 20:35h da noite.
Ia a vaguear pelo espaço infinito da noite quando me deparei com uma ruela estreita.
Os muros laterais encontravam-se cobertos por musgo gélido e o caminho com pedras consumidas.
Há medida que ia caminhando a rua encontrava-se mais escura. Foi então que os meus sopros se aceleraram ainda mais.
Deparei-me com uma imensa escuridão onde caminhava com algum receio e pavor.
Qual o meu rumo? Estarei certo?
Enquanto ia a caminhar comparei aquela rua à vida que cada um toma.
Sintomo-nos frios e insensíveis à realidade quando não temos ninguém por perto. Quem é que consegue percorrer um longo e escuro caminho sozinho?
Lá mais à frente disputavam alguns pontos de luz separados equidistantes entre si. Ali seria diferente.
Continuei a caminhar e iam-me surgindo outras ideias. De que vale uma pessoa olhar para nós? Tentava ver a minha pessoa mas era impossível. Foi então que concluí que as pessoas que olham para elas, que só querem o seu próprio comodismo vivem na solidão, numa vida acolá dos outros.
Ia continuando a caminhar e fiz outra pergunta: Porque estar chateado com os outros?
Ninguém se sente bem ao estar chateado com alguém, o seu consciente fica perturbado porque sente necessidade para que tudo esteja bem. Quem gosta de estar rodeado por amizades exangues/assoladas?
Agora havia luzes a iluminar-me porque antes de chegar a esse ponto uma pessoa deve preocupar-se com os outros e deixar a sua pessoa para segundo lugar, isto chama-se fraternidade e é bastante bonita.
Vamos compartilhar mais com os outros porque assim teremos uma vida mais agradável e harmoniosa.
28/11/10
